“O que realmente importa?”
“O que realmente importa” não flutua na superfície. Um mergulho é necessário para descobrir.
Um mergulho que nos exige esforço para despir-se de ideias preconcebidas, abrir-se para perceber o todo e força para ir ao encontro da essência.
Contudo o espírito do tempo nos bate à porta. “O que realmente importa?” é a pergunta que ainda adormecia em vários setores da sociedade, mas que, agora, emerge diante das enormes dificuldades que encontramos ao lidar com as questões contemporâneas. O desafio está à vista de todos e em escala mundial.
No mundo dos negócios, muito se fala e se experimenta sobre propósito, causa e modelos de gestão disruptivos. São iniciativas muito importantes e pretendem responder às novas perguntas que vem emergindo, porém, é valioso tomar o devido cuidado, pois não serão apenas os estudos marketing, algoritmos, cópias de modelos e olhares de superfície que irão trazer soluções para essas questões. Como em um iceberg, o que habita na superfície é a pequena parte de um grandioso todo que se faz necessário mergulhar para descobrir.
Chegou o tempo. Indivíduos, grupos, organizações e sociedade despertam para procurar como fazer esse mergulho em busca de respostas para suas questões essenciais.
A desigualdade social, os problemas ambientais, a fome, o preconceito e os demais desafios contemporâneos geram incômodos que não se permitem mais ser ignorados.
A chama para fazermos do mundo um lugar melhor para viver está acesa, mas isso dependerá da qualidade das nossas escolhas.
Somos mais de 7 bilhões de pessoas que precisam se alimentar, viver e, além disso, se realizar como indivíduos. Fazemos parte de uma grande teia, na qual estamos todos interligados e em intensa dependência mútua.
Ao escrever esse artigo, olho para a tela, mesa, paredes do escritório, para a caneta e o papel ao lado do computador. Quantas pessoas estão envolvidas nesse trabalho? Martin Luther King traduz essa grande conexão humana com a seguinte frase:
“O que quer que afete a um diretamente, afeta a todos indiretamente. Eu nunca poderei ser o que eu devo ser até que você seja o que deve ser. E você nunca poderá ser o que deve ser até que eu seja o que devo ser”.
Neste contexto, as empresas possuem um papel primordial e um grandioso potencial de transformação. São nelas que passamos grande parte de nossas vidas trabalhando e, além disso, são elas que detêm a força econômica que rege o planeta – dos 100 maiores “PIB´s do Mundo”, apenas 31 são países e 69 são corporações*.
Nos tempos atuais, as empresas e outras organizações sociais possuem a capacidade de afetar intensa e diretamente os reinos mineral, vegetal, animal e a humanidade como um todo. Isso nunca aconteceu dessa forma! Uma mudança histórica está se desenrolando na frente dos nossos olhos.
Contudo, nosso modelo de atuação social e organizacional ainda está fundamentado na ciência materialista, uma perspectiva que considera apenas a dimensão mesurável e objetiva da realidade, ou seja, o que pode ser quantificado e determinado.
Há uma estória que percebo ser capaz de ilustrar essa visão de mundo que tanto alimentou nossas escolas, empresas, famílias e, consequentemente, toda a sociedade moderna. René Descartes, filósofo e matemático francês, ao visitar um grandioso palácio no século 17, encantou-se e inspirou-se com a automação dos seus jardins. Regido por uma série de mecanismos automáticos, uma estátua de Netuno emergia de um lago e a música tocava sincronamente com a água que molhava o jardim, tudo como em um belo balé. O mundo é assim, uma grande máquina, concluiu ele.
Os bancos escolares, por exemplo, ainda reproduzem esse modelo mental. Por que antecipamos tanto a intelectualização das crianças e não as deixamos ser crianças, desenvolver o lúdico, o imaginativo? Ao olhar para a grade de disciplinas e o processo de ensino da maioria das universidades identificamos ainda um modelo conteudista, focado em qualidades racionais e materiais. Por que qualidades como a confiança e compaixão, tão essenciais para as relações e o desenvolvimento humano, não são trabalhadas ali?
O nosso modo de pensar, sentir e agir ainda estão fundamentados desta forma, é uma característica cultural, mesmo sabendo que a realidade não se apresenta assim.
Não é à toa que o demonstrativo dos resultados no exercício (DRE) e o balanço patrimonial são os principais norteadores para a maioria das organizações. Assim como, o produto interno bruto ainda é o principal indicador global para as nações e, como afirmou o senador estadunidense Robert Kennedy, “O PIB mede tudo, exceto o que faz a vida valer a pena”.
O material e o imaterial não são excludentes, mas complementares. São duas dimensões que precisam ser consideradas e equilibradas, exigindo consciência e o exercício de um equilíbrio dinâmico.
Sabemos que o futuro vai precisar de um novo tipo empresa que na verdade ninguém sabe qual é, independente dos diversos exercícios de futurologia que vemos a cada instante. Contudo, sabemos que cada empresa, se estiver em um processo consciente de evolução, terá grandes chances de construir o caminho para fazer parte desse futuro.
Por esse motivo, o objetivo desse artigo é apresentar um possível caminho capaz de apoiar às organizações nesse desafio, questionando as práticas atuais e refletindo sobre a ressignificação da identidade do mundo dos negócios.
A semente para a construção desse caminho foi criada por Rudolf Steiner, filósofo, cientista e educador austríaco, no fim do século 19. Estimulado em reverter o quadro de degradação em que vivia a sociedade da época, Steiner usou um antigo princípio tríplice, que também foi adotado pela Revolução Francesa, para a construção da imagem de uma sociedade equilibrada: a liberdade, a igualdade e a fraternidade. Essa imagem foi por ele denominada de Trimembração Social.
A Trimembração Social baseia-se na concepção de que nós, seres humanos, temos mais em comum do que diferenças. Na essência, independente da nacionalidade, raça ou qualquer outro tipo de classificação, os seres humanos são seres em constante processo de evolução e, como tal, convergem em suas aspirações no âmbito espiritual.
Neste contexto, Steiner traz a visão de uma sociedade formada por três subsistemas que se autogerenciam, buscam o equilíbrio e consideram as dimensões materiais e imateriais em que vivemos:
- Vida Cultural/Espiritual;
- Vida Política /Jurídica;
- Vida Econômica.
A Vida Cultural e Espiritual visa potencializar as capacidades dos seres humanos, onde, trabalhando juntos, possam se desenvolver enquanto indivíduo, grupo e sociedade.
A Vida da Política e Jurídica entra em ação nos acordos, combinações e leis entre as pessoas, visando o apoio à Vida Cultural/Espiritual e a Vida Econômica, promovendo o saudável e produtivo convívio social.
A Vida Econômica atua para lidar com a produção, circulação e consumo, buscando satisfazer as reais necessidades das pessoas.
Neste contexto, em uma sociedade equilibrada, a Liberdade torna-se o princípio norteador do pensar das pessoas, refletido na Vida Cultural e Espiritual da sociedade; a Igualdade se faz presente nas relações em geral e é realizada através da Vida Jurídica e Política; e a Fraternidade se tangibiliza na vida Econômica que rege essa sociedade.
Por que a Liberdade na Vida Cultural e Espiritual? Porque somente em um ambiente onde as pessoas possam expressar suas ideias e exercer suas escolhas é capaz de promover o desenvolvimento humano. A liberdade como princípio desta dimensão da sociedade atua trazendo harmonia e a multiplicidade de possibilidades para o exercício da vida prática.
Por que Igualdade na Vida Política e Jurídica? Para garantir igualdade nos direitos e obrigações. O princípio da igualdade quando exercido, traduz-se em relações equânimes e harmônicas.
Por que Fraternidade na Vida Econômica? Para garantir que genuinamente os produtos e serviços existam para satisfazer as necessidades humanas. Para garantir o uso dos recursos de forma saudável, garantindo que os mais de 7 bilhões de habitantes do planeta possam viver em condições humanas.
São conceitos simples e que fazem total sentido quando nos são apresentados, apesar de serem extremamente desafiadores para implantação, que certamente não acontece em uma “virada de chave”, mas sim em um processo orgânico, de contínua elevação de consciência em todos os níveis da sociedade.
Na Vida Econômica, quanto mais nos deixarmos guiar pelos interesses do ecossistema, mais sadio será o desenvolvimento.
Na Vida Política e Jurídica, quanto mais acordos e leis fizermos considerando que todos são emancipados e equivalentes, mais sadio será o desenvolvimento.
Na Vida Espiritual e Cultural, quanto mais espaço dermos para a colaboração, expressão das ideias e realização das capacidades individuais, mais sadio será o desenvolvimento.
Há, contudo, importantes cuidados que precisamos considerar. Esses princípios atuam de maneira saudável em seus respectivos subsistemas e, caso ultrapassem esses domínios, podem gerar desarmonia e desequilíbrio social.
Como, por exemplo, quando assumimos que o livre-arbítrio é capaz de reger outras dimensões sociais. O que aconteceria se a Fraternidade fosse substituída pela Liberdade na Vida Econômica? Haveria o risco de um liberalismo que não tem capacidade de se autogerenciar para o
desenvolvimento da sociedade, potencializando o egoísmo humano, tornando o homem “o lobo do próprio homem”. Olhando as cercanias das grandes cidades no Brasil e no mundo, os efeitos de um sistema econômico que cada vez mais potencializa o desequilíbrio entre ricos e pobres, assim como seus efeitos nos sistemas ecológicos e na biosfera. Outro exemplo deste possível desequilíbrio refere-se ao big data, ao poder que a inteligência artificial é capaz de colocar na mão de poucos, o dilema das redes sociais é um exemplo vivo e atual.
Na Vida Cultural e Espiritual, o que aconteceria se houvesse Igualdade no lugar da Liberdade? Não haveria diversidade, a sociedade se pasteurizaria e se padronizaria de forma a sufocar as potencialidades individuais e, consequentemente, coletivas. Exemplos práticos desse efeito podem ser vistos nos regimes comunistas e socialistas, que tentaram impingir essa igualdade ao longo da história, cerceando o direito do exercício da individualidade.
Assim como, se a Vida Econômica fosse regida pelo princípio da Igualdade? Haveria empobrecimento e diminuição das possibilidades de escolha com a ausência dos desafios de melhoria e superação. Além disso, o entendimento de que todas as individualidades são iguais e que devem ter o mesmo padrão material é um equívoco alimentado por um pensar materialista.
Steiner ofereceu ao mundo inúmeras contribuições, sendo que várias delas já estão consolidadas e trazendo reais benefícios para a sociedade. A medicina antroposófica, educação waldorf, farmacologia antroposófica e a agricultura biodinâmica são exemplos práticos desse legado.
Contudo, a Trimembração Social é uma contribuição que ainda possui um grande potencial de entendimento e desenvolvimento. Entendemos que essa imagem nos oferece uma oportunidade para um novo olhar, um novo caminho que abra as possibilidades para a promoção do equilíbrio, da harmonia e do desenvolvimento no nível do indivíduo e do coletivo.
Assim como na sociedade, os desafios atuais das organizações são enormes. O contexto contemporâneo criou um ambiente que exige das empresas elevado nível de consciência do seu papel na sociedade e, consequentemente, capacidade de inovação, flexibilidade, resiliência, mudança e conexão com os que o cercam.
Ao promover o debate sobre o que realmente importa, entendemos estar contribuindo para os tempos atuais e futuros. Por isso, em mais de 30 anos apoiando processos de desenvolvimento organizacional, vislumbramos que o arquétipo da Trimembração Social possui um grande potencial de contribuição para apoiar os desafios organizacionais.
As organizações espelham a natureza humana, foram criadas para expandir as capacidades do ser humano, sendo a sua mais complexa criação. Elas, portanto, podem e devem servir de espelho para que os reflexos de suas ações na vida prática apoiem o desenvolvimento da sociedade e vice-versa.
Neste sentido, qual é a imagem que podemos formar para olhar esses princípios dentro de um negócio? Qual é o papel da Liberdade, Igualdade e Fraternidade dentro das organizações?
É possível perceber que em algumas empresas esses princípios já fazem parte de uma cultura organizacional (atual ou almejada) e, desta forma, contribuem para o desenvolvimento dos indivíduos, dos grupos, da organização e da sociedade. Na prática, quando presentes adequadamente nas organizações (mesmo quando não estão conscientes e mesmo que estejam parcialmente presentes), eles se tornam importantes fios condutores de processos de transformação.
Recentemente a Liberdade tem ganhado grande destaque, sendo tema de inúmeras reflexões organizacionais. A prática revela que somente colaboradores com liberdade para o pensar e se expressar, assim como autonomia para realizar, podem criar, inovar e gerar a mudanças. As pessoas mobilizam ao máximo sua capacidade criativa e seu comprometimento quando são livres. Isso significa participar ativamente, ter voz ativa, se perceber como parte atuante e se perceber em evolução. Somente o indivíduo livre é capaz de se desenvolver e elevar o nível de consciência, sendo o desenvolvimento de uma organização consequência desse desenvolvimento das individualidades e dos grupos que a compõe.
Recentemente fizemos uma pesquisa com cerca de 600 profissionais de diversos segmentos. Nesta pesquisa, uma das perguntas era: “Quais elementos fazem com que você se sinta (ou não) livre no trabalho?”
Nas respostas duas palavras estiveram constantemente presentes: autonomia e responsabilidade. O fato de correlacionar a autonomia com a liberdade é bem natural, contudo, o interessante é a constatação de que as pessoas também correlacionaram a liberdade com a responsabilidade. Ou seja, quando eu me sinto livre e tenho autonomia, assumo a responsabilidade pelos resultados e situações.
Quanto maior a Igualdade entre as partes, maior a potencialização das realizações humanas. No caso das organizações, essas realizações acontecem no nível das relações entre as pessoas, sejam internas (entre os colaboradores), ou externas, com os stakeholders do ecossistema (fornecedores, clientes, parceiros, comunidade, etc). O que há de melhor e de pior nas empresas podemos ver revelado nas conversas de corredor, nos momentos de decisão. São nas relações que os encontros humanos se dão. A Igualdade, quando se faz presente, cria o ambiente para fazer emergir conexões humanas que são traduzidas em engajamento, confiança mútua e facilidade de comunicação. Entre os fatores que possibilitam esse princípio estão a horizontalidade hierárquica, acordos de convívio, processos decisórios colaborativos, remunerações justas e a diversidade.
A Fraternidade é um princípio que possui algo de superior em nível de consciência em relação aos demais. Ela é uma evolução da individualidade humana em relação ao ego. A fraternidade atua quando pensamos com o coração e sentimos com a razão. Ela se materializa quando entendemos que fazemos parte de uma grande teia e que nada adianta eu me fortalecer se o outro está fragilizado, quando há satisfação das necessidades, com a maximização do proveito de cada um, sem que o outro seja prejudicado.
E é com essa consciência mais ampla, ressignificada sobre o papel das organizações e os princípios norteadores das lideranças e colaboradores, que se gera um despertar. Esse olhar mais amplo se traduz no entendimento e em ações práticas de que: eu ganho quando o outro ganha, quando a sociedade ganha; de que fazemos parte de um ecossistema complexo, em que tudo está bastante interligado. E, principalmente como líderes, temos total responsabilidade por ele.
Como cita Daniel Burkhard, fundador da Adigo, “Na fraternidade existe a expectativa e a confiança mútua de que cada participante atue de forma altruísta.”
Na prática, ela se materializa quando os produtos e serviços são genuinamente criados e precificados para atender à reais necessidades dos consumidores, quando há uso responsável e ético dos recursos, dinheiro, dados, algoritmos e inteligência artificial, estabelecendo uma atuação no mundo econômico de forma justa, responsável e integrada, capaz de considerar os impactos de suas ações no ecossistema.
Para facilitar a formação da imagem da Trimembração Social nas organizações, usarei um arquétipo que já é natural para os clientes de consultoria da ADIGO Desenvolvimento: a Visão Integrada das Organizações®. Esse olhar considera os aspectos materiais e imateriais de uma organização, entendendo-a como um sistema vivo, complexo, que busca se adaptar continuamente, e é composta por dimensões interdependentes: Identidade, Relações, Processo e Recursos.
Neste contexto, a Fraternidade torna-se um princípio que se correlaciona com as dimensões dos Recursos e dos Processos da organização, onde reside o maior nível de tangilibilidade e mensurabilidade, fazendo a ponte com a vida econômica, sendo composto pela infraestrutura, capital, processos, algorítimos, dados, fluxos, logística e os produtos e serviços.
Na prática, a Fraternidade se revela nas empresas quando:
- “nossas remunerações são justas e sem grandes desníveis”
- “mensuramos nossos resultados analisando, além dos números, os impactos das nossas ações nos reinos mineral, vegetal, animal e humano”
- “criamos e precificamos nossos produtos/serviços considerando as reais necessidades das pessoas”.
- “usamos de dados, algoritmos e inteligência artificial de forma responsável e ética.”
- “usamos o dinheiro e o poder de compra de forma responsável, ética e fraterna”
O princípio da Igualdade correlaciona-se com a dimensão das Relações da organização. É uma dimensão mais sutil, imaterial, traduz-se nas relações internas e externas. Aqui reside a comunicação, liderança, clima organizacional e motivação.
Na prática, a Igualdade se revela nas empresas quando:
- “as necessidades das pessoas são importantes”
- “as decisões consideram as opiniões de todos”
- “somos o mais horizontal hierarquicamente que podemos ser”
- “nosso modelo de remuneração não carrega preconceitos”
- “temos regras e acordos que garantam que todos possam se expressar”
- “aqui as pessoas são tratadas com justiça”
- “há equivalência entre nós”
- “temos regras e acordos que consideram importantes todos os stakeholders nas nossas relações”
Na dimensão da Identidade, onde se constrói e residem os aspectos de maior intangibilidade, como a biografia, cultura, propósito, visão e estratégia, a Liberdade precisa atuar. Somente com o livre e genuíno pensar das pessoas é que se possibilita a construção de uma cultura forte, uma estratégia assertiva ou uma visão estimulante; assim como promover o desenvolvimento das individualidades e da organização.
Na prática, a Liberdade se revela nas empresas quando:
- “eu sou livre para construir e expressar minhas ideias e opiniões”
- “eu me sinto em desenvolvimento”
- “eu posso colocar meu potencial criativo a serviço”
- “eu apoio o desenvolvimento do outro”
- “eu tenho autonomia e responsabilidade”
- “eu entendo que quanto mais diversidade de ideias e opiniões, mais rico será o debate”
- “eu aceito e acolho o que é diferente de mim”
- “eu faço parte”
Para concluir, é importante citar os inúmeros impulsos que visam trazer respostas para essas questões essenciais, potencializando o novo estágio de consciência que está emergindo. O protagonismo do índice ESG, a Liga de Intraempreendedorismo, a Sociocracia, a Holocracia, as novas estratégias incorporadas de metas de sustentabilidade, o Sistema B e o Capitalismo Consciente são alguns exemplos de importantes iniciativas que apoiam a construção desta jornada de desenvolvimento empresarial e social.
O que trazemos aqui, portanto, é uma imagem para ajudar a integrar as diversas iniciativas. Na qual os princípios da Trimembração Social podem ser a espinha dorsal e um ponto de partida para a construção de um futuro organizacional dentro de uma nova consciência.
Olhando ao redor, me vem à mente uma coluna de jornal do Eurípides Alcantara, que me lembrou de uma coleção de livros da minha época de garoto, com onze volumes, chamada: A História da Civilização. Um dos livros do casal Will e Ariel Durant traz uma passagem assim:
“A civilização é um rio. O curso muitas vezes enche-se de sangue de gente se matando, roubando, gritando, ou seja, fazendo as coisas que os historiadores registram. Enquanto isso, nas margens, desapercebidas, as pessoas constroem casas, fazem amor, criam seus filhos, cantam canções, escrevem poesia e até esculpem estátuas. A história da civilização é a história do que aconteceu nas margens.”
As margens do rio ainda continuam livres para a construção. Qual é a história que iremos construir para o nosso futuro?
Rodrigo Goecks, sócio da ADIGO Desenvolvimento
Rodrigo,
Conseguir sintetizar um conteúdo tão extenso de forma didática e trazendo elementos que nos permite fazer a conexão com conceitos que já aplicamos na prática (visão quadrimembrada) é, ao meu ver, o brilhantismo deste texto.
Parabéns e obrigado por compartilhar este inspirador artigo.
Grande abraço,
Bruno Severo
Rodrigo,
Conseguir sintetizar um conteúdo tão extenso de forma didática e trazendo elementos que nos permite fazer a conexão com conceitos que já aplicamos na prática (visão quadrimembrada) é, ao meu ver, o brilhantismo deste texto.
Parabéns e obrigado por compartilhar este inspirador artigo.
Grande abraço,
Bruno Severo
Obrigado, Bruno. É um tema ainda em construção, se tiver contribuições serão muito bem vindas. Dia 02 de fevereiro teremos a primeira reunião de Estudos e Praticas da Trimembração Social, caso seja de seu interesse, será muito bem vindo.
Obrigada Rodrigo, você me ajudou a unir o que até agora estava separado !
Gloria, obrigado pelo comentário. Criamos uma comunidade de aprendizado sobre o tema, caso tenha interesse em participar, me acione. Sucesso e Luz. Rodrigo
Rodrigo, grata pelo conteúdo sintético e ao mesmo tempo abrangente. Gostei dos exemplos organizacionais que materializam a liberdade, a igualdade e a fraternidade.
obrigado, Monica!
A única coisa que me toca diferentemente no texto. E que na questão da igualdade, quando o exemplo fica deturpado , por outra intervenção; o aspecto financeiro, o ter menos dinheiro, tornase o exemplo. E se fosse realmente assim? Pra que tanto dinheiro? Pq as coisas estariam fora da precificação correta e não do socialismo. A base do socialinsmo, é a base ue o Steiner utilizou.
Obrigado pela contribuição Ana. A referência ao socialismo não foi usada a partir do seu conceito essencial, mas em referência a forma como ele se materializou em algumas nações.