Ato 1. A pergunta de sempre
“Marcello, como preparar o time para a chegada da inteligência artificial?”
Essa é a pergunta. Mas o que vem junto com ela é outra coisa. Não é sobre tecnologia.
É sobre medo. Medo de ser substituído. De ficar irrelevante. De não dar conta. De não acompanhar.
Ato 2. O que está por trás da pergunta
Vejo lideranças tentando responder à IA com cursos sobre ferramentas e aplicativos. Mas, na prática, o que os times querem entender é outra coisa:
- Ainda há espaço pra mim?
- Como me mantenho útil num mundo tão rápido?
- Será que vou ser descartado como um sistema antigo?
A resistência à tecnologia, na maior parte das vezes, não é técnica. É relacional, afetiva e cultural.
Ato 3. Como responder a isso com sentido
Não é só sobre treinar para usar IA. É sobre ressignificar o papel das pessoas. Sobre mostrar que inteligência artificial não é o fim da inteligência humana. E que o valor de uma pessoa numa organização está em algo que nenhum algoritmo replica:
- discernimento,
- presença,
- ética,
- escuta,
- humor,
- capacidade de provocar e conduzir mudança real.
Ato 4. O que proponho
Antes de perguntar “como implementar IA”, pergunte:
- A cultura da minha empresa está pronta para absorver isso?
- Estamos escutando os sinais de medo ou só acreditando na prometida eficiência?
- Quem está sendo ouvido nesse processo e quem ficou de fora?
Ato 5. Pra fechar
Transformação tecnológica sem adaptação humana é só empilhamento de sistema. E o que já vi acontecer mais de uma vez: gente desmotivada não recebe o futuro… Repele.
Quer conversar sobre isso com mais profundidade?
Pode me escrever.
Marcello Cavallieri
Sócio e consultor da ADIGO. Há mais de 20 anos ajuda organizações a atravessar fases decisivas com escuta ativa, clareza de contexto e construção conjunta. Seu trabalho conecta cultura, estratégia e liderança como partes de um mesmo sistema vivo, para que as mudanças realmente aconteçam.
Envie um e-mail para Marcello Cavallieri Gomes.